sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
A crucificação dos antibióticos
O médico escocês Alexander Fleming fez a descoberta do primeiro antibiótico, a penicilina, o experimento aconteceu em 1928, mas a penicilina só foi usada como medicamento na 2ª Guerra Mundial. Desde então essa classe de medicamentos tem salvo milhares de vidas, doenças que antigamente não tinham cura, como a Hanseníase, hoje são tratadas com relativa facilidade e com índices elevados de cura. A popularização dos antibióticos, o maior acesso a população e seu uso inadequado, quando eu digo uso inadequado englobo todas as variáveis: medicamento errado, posologia incorreta, tempo de tratamento inadequado, não adesão do tratamento por parte do paciente, administração equivocada (horário, presença ou não de alimentos, interações com outros medicamentos, etc), esses três fatores citados levaram muitas cepas de bactérias a criar resistência a certos antibióticos, o que é um problema de saúde pública, lembrando que não é o paciente que fica resistente ao medicamento e sim a bactéria por fatores intrínsecos e porque não citar a seleção natural de Darwin, os mais fortes sobrevivem. Esse problema de saúde pública levou o Ministério da Saúde através da ANVISA a restringir o uso das 90 substâncias classificadas como antibióticos no Brasil, agora poderão ser comercializados somente mediante apresentação de Receituário Especial em duas vias, isso não significa que o antibiótico é uma coisa ruim, muito pelo contrário, se for usado de forma racional com orientação médica, respeitando os horários de tomada e o tempo de tratamento, garante o sucesso da terapia.
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