Publicado no periódico Clinical Gastroenterology and Hepatology, estudo avaliou os efeitos de longo prazo das terapias para casos mais graves de doença do refluxo gastroesofágico com esofagite. Em doze anos de seguimento, foram comparados os efeitos da terapia com omeprazol e da cirurgia antirefluxo. Ambas foram efetivas e bem toleradas. A cirurgia é superior para controlar as manifestações gerais da doença, mas o omeprazol evita o aparecimento de sintomas decorrentes desta intervenção cirúrgica.
O estudo coordenado por Lars Lundell, da Karolinska University Hospital, na Suécia, incluiu 310 pacientes com esofagite secundária à doença do refluxogastroesofágico. Destes, 154 receberam omeprazol (um desistiu de participar antes do início da terapia) e 144 passaram pela cirurgia antirefluxo (11 desistiram antes da realização da cirurgia). A ideia inicial era um acompanhamento de cinco anos, mas o estudo se estendeu por doze anos.
Os resultados mostraram que, de todos os pacientes, 71 dos que receberam omeprazol (46%) e 53 tratados com a cirurgia (37%) foram acompanhados durante todo o período de 12 anos. Ao final deste acompanhamento, permaneceram em remissão contínua dos sintomas 53% dos pacientes que fizeram a cirurgia, comparados com 45% dos pacientes que receberam omeprazol e precisaram de reajustes de dose deste medicamento, e 40% que não tiveram reajuste de dose. Dos pacientes cirúrgicos, 38% precisaram de uma nova estratégia terapêutica. Por exemplo, tratamento medicamentoso ou uma outra cirurgia, comparados a 15% dos que usaram omeprazol.
Em conclusão, as terapias para a doença do refluxogastroesofágico são bem toleradas e efetivas. A cirurgia antirefluxo é superior para controlar a azia e o refluxo, mas o omeprazol evita problemas decorrentes do pós-operatório como disfagia, flatulência e incapacidade para vomitar ou eructar.
Fonte consultada:
Clinical Gastroenterology and Hepatology volume 7 de dezembro de 2009
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